Todo ser humano tem uma tendência ‘nata’ para narrar, e eu não sou diferente. Meu nome é Paulo Augusto José Fernandes, e uso as palavras para dizer o que quiser, quando quiser e como quiser. Isso faz de mim, talvez, EUREKA, um escritor! Mas eu duvido muito, a pieguice me acomete diariamente, nem sempre gosto do que escrevo, e digo para você, meu caro leitor, não acredite sempre no que eu escrevo, eu posso mentir, posso está mentido agora. Assim, o convido a duvidar de mim, o narrador. E desse modo, fazemos um jogo, o do leitor com o autor.
A seguir, temos a estória de um adolescente arrependido por ter negado o amor que sua melhor amiga lhe dizia ter.
Deitado em sua cama, ouvindo rock pelo celular, João pensava:
Sempre fui do eu faço, eu posso e eu vou!
Porém, odeio admitir, hoje não sei se faço, posso ou vou!
Sempre me pergunto qual o motivo de tal mudança, e eu sempre me assusto com a resposta!
A culpa foi dela, somente dela.
Ela que agora vive a dar alegria a outro.
Mas bem feito para mim! Não posso me queixar tanto, eu que quis assim. Neguei a mim a felicidade de viver um amor verdadeiro por um orgulho masculino. Neguei a mim a alegria de sentir seu carinho. Foi culpa minha, somente minha culpa. Quando me olho no fixamente no espelho, vejo em meus olhos um oceano de palavras que não foram ditas.
Palavras apenas, palavras pequenas, palavras, momentos.
(Adoro essa música da cássia, conhece?)
Voltemos a João.
Quero a paz que encontro em ti, a paz que eu tinha, e perdi.
Será que existe Fada madrinha para homens? Igual aquela que transformou uma abóbora numa carroça, ou será que é carruagem, na história da Cinderela? Pois necessito de uma. Talvez ela consiga fazer com que eu conquiste a Gabriela novamente. (Esse é o nome da menina pela qual João se apaixona. Gabriela, como a de Jorge) E assim, ela fará brilhar luz onde agora habita trevas.
Que isso João, que pensamento de mocinha é esse? FADA MADRINHA?
É, me apaixonei mesmo!
OH DROGA!
Mas que seja, eu admito, preciso dela!
Agora entendo porque não esqueço o cheiro do sabonete de lavanda que ela usava. Ou usa. Ah sei lá, tem tanto tempo que a vi. Quando pequeno, gostava de fazer aviões de papel, tudo era tão fácil, eu queria e fazia. Hoje enfrento a sensação de impotência, pois a quero muito, e não posso tê-la, já que não depende mais de mim, e sim dela.
Puta merda, se meus amigos me vissem pensando assim, eu estava mais do que encrencado. Ia ser motivo de resenha por mais de um ano. Eu sou babaca mesmo, não a mereço. Como posso pensar no que meus amigos vão achar, quando perdi a chance de tê-la por causa deles e do meu maldito orgulho masculino. Já cansei de ouvir por aí, e inclusive acreditar, homem não ama, ele gosta muito, não é de uma, é de todas. Bom, isso não me valeu para nada, quero somente uma, amo somente uma.
Sempre fui do eu faço, eu posso e eu vou!
Porém, odeio admitir, hoje não sei se faço, posso ou vou!
Sempre me pergunto qual o motivo de tal mudança, e eu sempre me assusto com a resposta: ELA!
Considerações do narrador
Como termina João? É a pergunta um leitor inquieto se faz agora.
Porém meu amigo de algumas horas, digo amigo, amiga, pois tivemos uma boa conversa, em que eu contava para ti a estória de um adolescente e você ouvia.
Não sei o aconteceu com João (espanto), mas conto com a sua imaginação para saber, a minha, sinceramente, já está esgotada por hoje. No entanto, tenho uma certeza: a vida é cheia de oportunidades, que nem sempre aproveitamos ou se quer percebamos, e por assim ser, não devemos nos prender a definições prontas do que somos, ou melhor, ao que dizem que somos, já que o homem não é um ser sem sentimentos, assim como a mulher também não é só sentimentos. Portanto, os convido a brindar pela vida, sendo o que o quer ser, sentido o que quer sentir.
Já dei minha contribuição para o texto, agora peço a sua, pode ser o final que daria à estória, ou o que achou do escrevi, aceito críticas, mas, por favor, não seja rude. Esse blog é da Maiara, velha amiga, ela permite que eu poste meus textos aqui, então como ela, ficarei a espera dos seus comentários.
* * *
Saudações queridos, vejo que conhecerem um velho amigo meu, o Paulo. Um narrador traiçoeiro, cínico, mas verdadeiro de vez em quando. Espero que eu não os confunda, Paulo tem vida própria, voz própria, é casado, com três filhos (uma menina e dois homens), e ama a esposa. Já eu, sou a dona do blog, e darei voz a Paulo de vez em quando aqui.
Dito isso, vamos ao que interessa. Esse texto surgiu de um desafio que o Igor Mascarenhas (estudande de Letras igual eu) me fez. Ele me daria 10 palavras, e eu teria que criar um texto que contivesse as mesmas, eu também lhe daria 10 palavras, depois de prontos, os textos deveriam ser postados nos nossos respectivos blogs. O Igor me fez esse desafio a cerca de uma semana atrás, o texto dele estava pronto no mesmo dia, o meu só saiu hoje! Pode? Rsrs. Mas ele não me pressionou nem nada. Nas palavras dele: “sem pressa, sem pressão.”
As palavras que ele escolheu foram: luz, abóbora, celular, carroça, paz, avião, sabonete, carinho, palavras, e espelho.
OBS: Igor adorei o desafio, o texto, como dá pra ver, ficou um tanto louco. Espero que goste. Beijo!
Para finalizar, faço minhas as palavras de Paulo:
Já dei minha contribuição para o texto, agora peço a sua, pode ser o final que daria para a estória, ou o que achou do escrevi, aceito críticas, mas, por favor, não seja rude.
Assim como Paulo, ficarei esperando os seus comentários, caros leitores. Abraço!