segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Olhar

Ele olha de lá,
Ela olha de cá.
Os olhares se encontram,
Mas com o orgulho eles se confrontam.
Até quando ficarão
Nessa terrível decepção?
O elo parece não existir
Doem vossas almas.
Até quando?
 A vida é tão breve.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Menina mulher





Ela gostava de doce,
  Mas também gostava de salgado.  
Ela vivia a correr pela rua,
Mas também viajava na lua.

A mulher crescida,
Transporta a criança que fora, escondida.
A menina que ainda cresce
As vezes sente que desaparece.
Mas, mesmo com o seu jeito menina mulher de ser,
Ela direciona o viver.

A uma amiga



O que faz sentir sua falta?
Tudo. 

Dias quentes, 
Noites frias, 
Ou...
Dias frios,
Noites quentes. 
O clima é irrelevante, 
Quando tudo que se olha,
Alude um momento único em instantes,
A um tempo que não se volta.

És amiga.
E se tens amigos onde está,
Não esquece os de cá, 
Que sempre te darão o obro para chorar.Ou...
Um sorriso encorajador, cúmplice.
Com clara certeza, de
Que será verdade até a velhice.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Madrugada



É madrugada, e em volta 
a solidão e ao barulho que meus dedos 
produzem ao tocar o teclado, penso em você.

Penso em você...e preso encontro-me no labirinto da loucura.
Não gosto de sentir-me assim.
A loucura e a solidão estão tão próximas.

Mas ao mesmo tempo, 
mergulho nisso como uma gaivota faminta faz no mar!
Sabe porque? NÃO, você não sabe!
Creio que eu também  não saiba!

Apenas sinto...
É um momento único, em que encaro um vício voraz,
uma vontade arredia que toma conta de mim.
Moldando-me em sentir.

Eu não devia falar, mas,
há certas coisas que deixam o ser comovido como o quê, e no meu caso,  nem precisou ser conhaque !