segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Dela, ela.


Conto de um menino


Olhos nos olhos *



Ao perambular pelas ruelas de sua mente, ele chegou a um lugar que desconhecia qualquer egoísmo de sua parte. Inicialmente, ele não sabia como se portar em tal lugar, pois não percebia lá, nenhum traço que o definia, ou  que o mostrasse a agressividade que lhe era peculiar, tudo nesse local era diferente.  
No entanto, depois de olhar mais atentamente o local, percebeu que havia sim seus traços, mas notou também, que tudo lhe parecia muito estranho.
E as dúvidas o incomodavam.
-Que local é esse?
-Para onde essas ruelas me trouxeram?  
E mais tarde ele saberia.
Levaram-no onde era loucamente coração. Um lugar em que repousava os  seus  sonhos mais inconfessáveis. Não por serem pecaminosos, mas por serem justamente o  contrário, eram sonhos belos, porém, impossíveis de serem realizados – acreditava ele -, pois  diziam  respeito a uma parte abstrata  dele, em que tudo era ELA.
Sentiu-se cambaleando ao rememorar tal fato, pensara que Ela era uma página virada, rasgada, e jogada no lixo. Assim, olhou à direita a procura de algo que pudesse lhe servir de assento. No entanto, viu uma série de arquivos, e resolvera ver o que continha neles, não se lembrava de tê-los deixado lá.
E enquanto os abria, revivia tudo que sentira quando os deixara escondidos nesse local, sentiu o poder de uma força poderosíssima, e novamente foi dominado por ela, pois ali, naqueles arquivos encontrava-se tudo que havia visto e colhido dela. E em meio ao desespero de descobrir-se perdido nela, tentara encontrar a saída, e já cansado, depois de horas, dias, meses, desistira. Já não tinha mais domínio sobre si, já não tinha mais domínio daquele lugar, se é que algum dia dominara. 
E o que me resta agora? Questionava-se ele.
Mas não ouvira resposta. Descobrira-se novamente amando, nunca não havia deixado na verdade. E diante dessa grande e assustadora verdade, permaneceu disposto a observar, e sentir o vendaval que ELA lhe infligia, por que ele agora era todo ela, era todo dela.

sábado, 16 de outubro de 2010

Altruísta





Em meio a tanto egoísmo,
Ela tenta ser altruísta.
Mas como?
Se o ego direciona tudo
Se o dinheiro comanda o mundo.

Ela tenta ser altruísta.
Mas como?
Se o silêncio é uma constante nos bons.
E  vê-se o agir dos impiedosos,
Massacrando os bondosos.

Ela tenta se altruísta.
Mas como?
Se a hipocrisia marca a face daqueles que se dizem amigos!
Ser altruísta? Quase uma utopia.

Mas, ainda  assim, 
ela tenta ser altruísta,
E esse é o seu diferencial.

10 coisas que eu odeio em você

ALGO SOBRE MIM: Adoro assistir filmes, esse é um que amo.

Eu o indico à todos aqueles que gostam de filmes que não têm um final previsível,e a meu ver, esse é assim! 

Sinopse: Bianca está apaixonada por Joey, o playboy da escola em que estuda. Mas o pai da menina só permite que ela namore caso Kat, a irmã mais velha, se comprometa primeiro com alguém. Eis que Cameron se enamora por Bianca, e decide por um plano em ação contratando Patrick Verona, o mal encarado da escola, para que namore Kat e deixe o caminho de Bianca livre para ele. Adaptação de 'A Megera Domada', peça de William Shakespeare, para os dias atuais. (In: http://www.cineplayers.com/filme.php?id=2151)

Esse é um poema que está no filme.

"Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo
Odeio como dirigi o meu carro
E odeio seu desmazelo
Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Ainda mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar
Nem um pouco
Nem mesmo por um segundo
Not even at all"

Beijo, Paz e Bem!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Dúvida

Companheiros e companheiras.
Todos e todas.
Senhores e senhoras.
Filhos e filhas.
Músicos e músicas?
Ih fiquei na dúvida.  


 


* * * 


Quis brincar um pouco. Consegui? 
Paz e Bem! bjO*

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Um pesamento qualquer em um dia qualquer

Tentarei me mascarar
Pois este mundo quer me matar.
Onde devo ficar?
Se de muitos a vida ele quer  arrancar.
E assim eu permaneço triste,
Não posso fugir dele.
Tenho que conviver com essa infinita falsidade que o permeia.
E muitas vezes eu posso me perguntar:
De onde virá o meu socorro?
Dúvida.
Vejo tanta maldade por aí.
Mas são os momentos de dúvida,
Que me fazem ter a certeza da vitória,
Pois de repente não me vejo mais sozinho.
Ele está comigo agora.
É o meu socorro.
Na verdade sempre esteve.
Nunca me deixou.
Eu que não o percebi.


Nada poderá me abalar
Nada poderá me derrotar,
Pois minha força e vitoria, tens um nome é JESUS.
(Eliana Ribeiro)





sábado, 9 de outubro de 2010

Peculiaridades de um processo pré - durante - escrita

Acho incrível o quanto a escrita me domina, as vezes penso em escrever algo, e quando concluo, vejo que escrevi algo totalmente diferente daquilo que tinha pensado, ou até mesmo vivido. Não sei se entendeu o quis dizer com isso, mas vou facilitar contando o que acontece comigo. Quando escrevo, não são os meus sentimentos que aparecem nos textos, mas sentimentos colhidos de arvores alheias, são frutos pedindo para serem degustados. Bem, essa não é a palavra adequada, diria dissecados. No entanto, pode ser que aconteça diferente, isto é, os meus sentimentos podem aparecer, mas lhe dou uma dica, nunca leia um texto, tentando entendê-lo através de seu autor. Quando assim o fazemos, perdemos muito, pois não olhamos devidamente para o texto, e deixamos de perceber a riqueza que ele traz.

- Permite-me abrir um parênteses?
Não ouvi sua resposta, então decidirei eu. Sim, você pode abrir um parênteses.
- Obrigada.

(Talvez pense que estou bêbada ou louca. Será?! Você pode pensar isso, eu não ligo. Até porque, não é em mim que você tem que se focar, mas no escrevo, é assim que prefiro. Nunca fiquei bêbada, nem nunca vivi um amor de verdade, já amei, mas nunca vivi de fato um amor. Somente paixonites agudas e bem infantis, mas porque estou escrevendo isso? Não sei. Deu vontade).  

Eu me pergunto com acabarei este texto, não sei se esse é o nome que devo chamá-lo. Isso porque, inicialmente era um comentário num blog qualquer, em um dia qualquer, e então  decidi não mais usá-lo como comentário. E agora? O que farei?

 Vi-me agora como Clarisse, uma amiga muito velha e conhecida, conhece-me como ninguém, suas palavras disseram-me isso. Ah, também me vi como Ana, ambas responsáveis pelo momento epifâniaco que tive.   

Passou. Agora o jeito é terminar o que comecei. E então... Acho que acabei. Não há nada mais que eu queira lhes dizer agora. Ops, dizer-lhes?!

Texto que comecei de um jeito, e acabei de modo totalmente inesperado (nem eu esperava que acabasse dessa forma), simplesmente o escrevi. E... Deu nisso. Como disse, a escrita me domina. Beijos.

 Obs. Quis mostrar um pouco do que sinto ao escrever. A extrema confusão, incerteza e  revelação, pois sei que nesse infinito de possibilidades que é a escrita, eu me conheço, me afirmo, e  redescubro.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

História e poesia

Tão diferentes
Tão semelhantes.
O que as torna singular?
A história e a poesia,
Que amam buscar!

O que diria um amigo?
Que estão sempre contigo.
O que diria o inimigo?
Que não sente perigo.

Amigas de anos,
horas conversam.
Embora, segundos pareçam.

Amigas que vivem um dia de cada vez,
Timidez e impetuosidade caracterizam-nas,
Mostrada na poesia e na história de uma vez.

Assim elas vão
Eterna contradição
Religião e Razão.
Completando o ciclo de uma vida sem ciclo.
Vivendo a história e a poesia que as definem.