Eu os vejo pelas ruas
andando em bandos.
Há também os solitários,
mas ainda os vejo nas ruas.
E o que me preocupa?
A certeza de que estão perdendo
a inocência, a adolescência, a vivência.
E o coração pergunta,
de quem é a culpa?
Ecos egoístas dizem,
Esta é vida que escolheram!
Será mesmo?
Não sei...
Quem são eles?
Crianças e jovens lubridiados por
Uma ideia de vida fácil, por um vício desgraçado.
Ecos egoístas dizem,
Esta é vida que escolheram!
Será mesmo?
Ai Mai ... a essência desse poema dá taaanta discussão! É meu 'ponto fraco', digamos assim rsrs
ResponderExcluirMais do que eco egoístas, são ecos de um conservadorismo velado, ultrapassado e que só serve mesmo para justificar as atitudes egocêntricas desse grupo. Ops, to sendo redundante rsrs
Eu milito no mov da infãncia e juventude. Discuto drogadição, violência sexual, ato infracional, criança em situação de rua, etc ... td envolve, um liga no outro e todos convergem para esse eco egoísta ai que vc fala.
Lembro de uma atividade que realizei, de vivência de rua, para observar a efervescência das ruas e seus 'moradores', no centro aqui de SP. Mai, te juro que passar pela cracolândia, anhangabaú, as imediações da prefeitura, as pontes e viadutos dessa cidade ... tive a uma visão do inferno, do horror da humanidade, do fim do ser humano. Mas, não via como aquelas pessoas, de todas as idades, de todos os lugares ... elas não tinham culpa daquela situação. Ao menos a culpa não era toda delas. E ngm tá nem ai. Em breve farei relatos da minha militância no si-la-brenda. Mas são relatos tragicômicos de situações inusitadas eeee que só vive pq tava militando. Vcs irá rir. E de alguma forma, essas comédias ajudam a seguir, pq a conjuntura é deplorável. "Esta é vida que escolheram!
Será mesmo?" #Será?
Seu poema toca na minha ferida. Não que de mim ecoe egoísmo. Seu poema toca lá onde meu coração sangra todos os dias, "Irmão".
ResponderExcluirChorei, não nego.
Ótimo poema, crítica perfeita.
Poesia de cunho social...
ResponderExcluirGosto, permite reflexão para quem não gosta muito de prosa jornalística.
Este é o texto que se assemelha ao meu, o qual que disse outro dia.
"Inquietude", o nome dele. Segue um trecho;
"O sono não está mais aqui
Pessoas vagam na solidão noturna
Acordadas
Pessoas grandes e pequenas
Elas são fantasmas?
Estão sempre cobertas
Dos pés a cabeça!
Ora assustam, ora sensibilizam
São crianças e adultos
Todos encobertos de pura insônia
Já não podem confiar em mais ninguém"
Abraços.