segunda-feira, 7 de junho de 2010

Tenho



Tenho que ser um indivíduo tediante,


Pois não querem que eu me envolva em tudo


Tenho que calar-me, a ter de levantar a voz,


E fazê-la ressoar no meio de vós.


Eu quero me envolver,


Pois sei que posso.


Se hoje sou largata, amanhã serei borboleta.


Se hoje sou impossível, amanhã serei infinito.


Lhe tenho horror,


Por quê? Quer calar-me,


Tornar-me finito.


Lhe tenho horror






É chato ter que ser tediante,


Quero viver a metamorfose e ser ambulante,


Quero fazer ressoar minha voz, no meio de vós.






Quero viver tudo que tenho direito,


Quero viver a metamorfose e ser ambulante,


Não quero ter que ser um indivíduo tediante.


Lhe tenho horror,


Por quê?


Quer me calar,


Quer que eu seja finito.


Lhe tenho horror.


                                                                      * * *


Bom, esse texto é fruto de uma aula que tive na universidade, isto é, é também uma paródia da música de Raul Seixas 'Metamorfose ambulante', espero que tal paródia lhe toque de alguma forma, pois, representa um pouco do que sinto. Que seja, esse é um texto, em que trago uma reflexão, espero que você caro leitor e leitora à alcance, ou não, deixo livre para construir a sua própria relfexão.

2 comentários:

E então falei eu, agora fales tu!