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Pedro e Fernanda |
Meu nome é Pedro, não gosto de filmes românticos por que eles sempre terminam do mesmo modo:
E Fernanda ficou com Pedro, e eles viveram felizes para sempre.
Ah se eu fosse um roteirista de cinema! Eu terminaria os filmes assim:
E Fernanda ficou com Pedro, e eles viveram felizes. Até...
Ele se esquecer de lhe dar um beijo quando acorda. Até...
Ela parar de enfeitar-se para ele. Até...
Ele começar a achar que ela fica melhor de outro jeito, e não do jeito que está, ou ficar sonhando com a Jolie (Mas que homem não sonha com a Jolie? isso não conta!)
Bom, parênteses fechado. Até...
Ela começar a dizer que no namoro ele era mais carinhoso.
ISSO SIM É VIDA REAL CARAMBA! E NÃO OS FILMES QUE ANDAM POR AÍ!
Se bem que, eles são ficção, não é?
E por que isso acontece? Isso de brigarmos com quem amamos!
Uai, mas o que é isso Pedro? Você é homem, você não a ama. Você só gosta de vê-la dormir, de vê-la andar, de abraçá-la quando está triste, de beijá-la inesperadamente. Isso não pode ser amor!
Fico me perguntando, o porquê de brigarmos tanto.
Mas, sei lá! Não sou psicólogo. Mas olha que engraçado, nem eles me responderam isso, ou me deram uma dica pra isso não acontecer. Os casamentos, ou melhor dizendo, os contratos de união estáveis ( oficiais ou não) continuam não durando.
Diabo! Tô parecendo mulher, parando pra pensar em relacionamentos. Onde já se viu? Sou Homem!
Um homem que deixa a esposa ir embora por bobagem. Belo homão, ou é Homenzarrão? Ah, que seja! Que bela espécie masculina eu sou!
Merda! Devia ir buscá-la, mas ela tá na casa da bruxa. Viiixe, agora lascou! Mas eu vou lá!
Fernanda, vim te buscar. Que negócio é esse de vir pra cá, sem me dar nenhuma explicação? E com mala já? Foi porque não lavei os pratos? Ou porque não falei que estava bonita?
Pedro, querido, amor, lindo, eu sei que você nunca vai reparar quando eu cortar o cabelo, a não ser se eu, ou alguém falar. E sei também, que não falar do meu novo corte, não quer dizer que não me ama. Eu simplesmente vim trazer a mala que mamãe me pediu emprestada.
Diacho, o que fui fazer lá? Malditos filmes, que mostram um tanto de homens correndo atrás de mulheres, fazendo que eu faça isso também. Isso, só porque ela saiu de casa sem falar nada, e arrastando uma mala.
Pra variar, olha o que ela me disse depois:
Amor, eu sabia que você iria pensar justamente o pior. É sempre o que penso quando tô longe de você. Amo você seu bobo!
Ah, esses filmes! Eu os odeio, eles não estão com nada. Gosto da minha vida, que é real.